11 de janeiro de 2021
B3 diariodolitoral.com.br SEGUNDA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2021 A Nestemomento emque a chamada sofrência está dis- seminada pela música po- pular brasileira, quase um subgênero próprio, Raimun- do Fagner visita as dores de amor em canções. Nem de longe algo tão rasteiro quanto as músicas que dominam as paradas. Ele oferece uma versão bem mais lírica e soisticada -a seresta. Fagner quer inspirar o pú- blico mais jovem. “A seresta é um gênero muito forte na música brasileira. Quando tive a ideia de fazer o dis- co, pensei que ele poderia ir além do público maduro ca- rente do gênero. Há uma ju- ventude ligada ao chorinho e aos violões.” “Serenata”, o primeiro ál- bum de Fagner desde “Pás- saros Urbanos”, de 2014, é um resgate carinhoso do re- pertório seresteiro que foi imenso sucesso emmeados do século passado, emvozes impecáveis do rádio como Sílvio Caldas, Francisco Al- ves, Nelson Gonçalves e Or- lando Silva. Graças à tecnologia de es- túdio, Gonçalves, morto em 1998, divide vocais com Fag- ner na faixa que dá nome ao álbum. “Esse disco foi feito em homenagemaomeu irmão”, diz Fagner, lembrando Fares Cândido Lopes, grande seres- teiro cearense. E ele estende o tributo a outro gigante. “O preferido de meu ir- mão era Sílvio Caldas. Eu tive a oportunidade de levar o Síl- vio a Fortaleza e nós izemos duas apresentações no tea- tro José de Alencar.” Além de “Serenata”, o ál- bumproduzido por JoséMil- ton traz outra canção da par- ceira Sílvio Caldas e Orestes Fagner recupera a seresta em novo disco MÚSICA. Graças à tecnologia de estúdio, álbum conta com voz de Nelson Gonçalves Além do novo disco, Fagner prepara um livro sobre sua relação com o futebol, esporte que pratica até hoje, aos 71 anos de idade DIVULGAÇÃO Barbosa, “Chão de Estrelas”. O repertório passa por outros clássicos, como “Lá- bios que Beijei”, sucesso com Orlando Silva, “Deusa da Mi- nha Rua”, imortalizada por Nelson Gonçalves, e “Valsi- nha”, de Chico Buarque e Vi- nicius de Moraes. Duas faixas representam resgates pessoais na carrei- ra de Fagner. “As Rosas Não Falam”, de Cartola, é uma de suas favoritas, gravada por ele no álbum “Eu Canto”, de 1978. “Mucuripe”, um clássi- co daMPB escrito por Fagner e Belchior, fez parte de seu álbum de estreia, “Manera Fru Fru, Manera”, de 1973. Num primeiro momen- to, Fagner não queria incluir música de sua autoria. “Olha, ‘Mucuripe’ foi praticamente uma imposição do Zé Mil- ton. Ela é a música mais im- portante da minha carrei- ra, ela me abriu portas. E há tempos é cantada pelos se- resteiros, foi incorporada por esse gênero. Assim fui con- vencido.” Quem está acostumado ao canto forte de Fagner, que chega a berros viscerais, terá uma surpresa em “Serena- ta”. Ele quis respeitar o cará- ter acolhedor da seresta. “O Zé Milton às vezes me pe- dia para dar uma rasgada, mas eu me controlei. É uma responsabilidade fazer essa releitura da seresta, eu sen- tia que ela icaria no limite de dar certo ou não”, airma Fagner. Ele considerava o disco pronto em março, quando começou a quarentena. “Pa- ramos tudo e eu tive seis ou sete meses para re§letir, en- tão reiz todas as vozes. Eu iquei insatisfeito como que tinha feito. Essa pandemia, apesar dessa desgraça que nos causou, para esse disco ela proporcionou um tempo de maturação.” No recolhimento forçado durante o ano, Fagner inten- siicou as parcerias. Está com muitas canções prontas, al- gumas já gravadas, escritas com amigos como Zeca Ba- leiro, Moacyr Luz, Renato Teixeira e Fausto Nilo. Fagner não pensa em tur- nê com “Serenata”. Talvez um show, para registrar o trabalho em DVD. Nos últimos meses, além de compor comos parceiros, ele tem se dedicado a muita “faxina”, como chama o de- saio de arrumar suas coisas. LIVRO. Ele prepara um livro sobre sua relação com o futebol, esporte que hoje, aos 71 anos, ainda pratica. “Vou contar histórias. Eu joguei com o Zico no Japão, joguei com Pelé, Rivellino, Sócrates. Te- nho fotos surpreendentes.” (FP) No recolhimento forçado durante o ano, Fagner intensi cou as parcerias. Muitas canções estão prontas e contam com amigos como Zeca Baleiro e Moacyr Luz Capa do disco “Serenata”, o primeiro lançado pelo cantor e compositor Fagner desde 2014 Divulgação/Biscoito Fino A Conhecido da série da Net- §lix “Bridgerton”, que estreou no inal de 2020 na platafor- ma, o ator britânico Regé-Jean Page, que na produção vive o Duque Simon, tem sido cota- dopara seronovo JamesBond nos cinemas. Segundo a revista Variety, as probabilidades de quemas- sumirá o cargo deixado por Daniel Craig têm sido vistas de perto pela casa de apostas britânicaLadbrokesenoReino Unido. ERegéestábemcotado, subindo nas pesquisas. Atual- mente ele está no top 5. Asespeculações sóaumen- taram depois de o ator publi- car emsuas redes sociais a fra- se “Abaladoemexido”, famosa expressãodita pelo entãoper- sonagemde Daniel Craig. O ator Tom Hardy ainda lidera a disputa e vê James Norton atrás. Outros nomes Regé-Jean Page, de ‘Bridgerton’, cresce na corrida para se tornar o novo No capítulo em que Daniel Craig dá vida ao agente secreto pela última vez, Bond deixou suas atividades nos serviços secretos e desfruta de uma vida calma cotados são Idris Elba, Cillian Murphy e RichardMadden. Os ãs de James Bond terão que ter umpoucomais de pa- ciência, pois a estreia do pró- ximo ilme das aventuras do famosoespiãobritânico, “Sem Tempo Para Morrer”, foi adia- da para 2 de abril de 2021. (FP) A Tato, vocalista do Fa- lamansa, disse que existe uma leitura errada no Bra- sil de que o forró é um gê- nero musical para as classes mais baixas. “Na verdade, ele é feito para todos”. A declaração foi dada em en- trevista para Faa Morena, no programa Ritmo Brasil, que foi ao ar neste sábado (9), na RedeTV!. “Quando começamos, esse forró de zabumba, triângulo e sanfona era muito regional, segmenta- do e até relacionado à classe social, o que é um absurdo. Até hoje, em propagan- da política, por exemplo, quando a pessoa vai come- çar a falar do trabalhador, colocam de fundo um for- ró. Então, existe uma leitu- ra errônea de que o forró é feito para as classes mais baixas, quando, na verda- Tato: forró ainda sofre preconceito de, ele é feito para todos!”, airmou. HISTÓRICO. O Falamansa surgiu em 1998 e teve grandes suces- sos como “Rindo à Toa” e “Xote dos Milagres”. Na con- versa feita por vídeo com a apresentadora, Tato tam- bém falou que a aceitação do forró tem sido cada vez maior em todas a regiões do país, embora o precon- ceito contra o estilo musi- cal ainda exista em alguns locais. “É uma bênção, não só para nós, mas para toda a cultura brasileira”, air- mou. A entrevista foi ao ar no sábado na RedeTV!, mas também já está disponível na conta do Instagram da apresentadora (@faamore- na) e pode ser assistida pelo próprio aplicativo. (FP) Regé-Jean Page está sendo cotado para ser o próximo James Bond já que Daniel Craig deve se despedir do personagemembreve Reprodução /Youtube / Netflix Cultura
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