22 de novembro de 2020

A4 diariodolitoral.com.br DOMINGO, 22 DE NOVEMBRO DE 2020 Cidades A Os ãs de cerveja artesa- nal em Santos agora con- tam com mais uma opção para encontrar diversidade de rótulos na Cidade. Isso porque a Beer4U, franquia de São Paulo, está pertinho da praia na Conselheiro Né- bias. O proprietário, André Brito, sentia falta de mais rótulos artesanais na Baixa- da Santista, por isso fez um curso de sommelier de cer- veja e decidiu abrir sua pró- pria casa especializada em cervejas. “Pensei embar, em restaurante, várias opções, até que iz um curso de mar- keting cervejeiro e apareceu a oportunidade de abrir a franquia”, conta ele. A Beer4U já é bem con- solidada no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo, e foi através de um amigo que André conheceu o local. Na época, morando no Guarujá, ele se tornou cliente assíduo da loja, fez amizade com os donos e sempre comprava cervejas diferentes quando passava por lá. Pensando em levar essas cervejas para o público de Santos, já que ele sentia falta dessa variedade, ele abriu a franquia. De acordo com André, a casa temomaior número de cervejas artesanais de San- tos, e já chegou a ter mais de 200 rótulos diferentes da be- Dos 15 chopes artesanais da casa, quatro são fixos e os outros 11 são limitados e sempre mudam Natalia Cuqui/Divulgação NACIONAL E IMPORTADO. Os rótulos vêm de todas as partes do Brasil e do mundo, chegando a mais de 150 cervejas diferentes bida, que vão desde as brasi- leiras até cervejas importa- das, além de 15 torneiras de chope. Por conta da pande- mia, esse número caiu um pouco, mas ainda se apro- xima de 150 cervejas artesa- nais diferentes na loja. Em razão da Covid-19, a Beer4U precisou icar fecha- da por um tempo, funcio- nando apenas com delivery e take away. Durante esse pe- ríodo, André conta que pre- cisou reduzir os valores e fazer várias promoções para queimar o estoque, mas que a procura continuou gran- de, principalmente na rea- bertura: “Por ser uma casa de cerveja artesanal, o pes- soal procura bastante por não ter aquela música alta e poder conversar, até mesmo sobre a cerveja, ela é a estrela da casa (risos)”. Para quemnão está acos- tumado a beber cerveja, An- dré dá uma aula e consegue indicar o melhor rótulo em apenas alguns minutos de conversa. Ele a irma que o curso de sommelier ajudou mui- to nisso. “Cada pessoa assi- mila a cerveja de uma forma diferente, tem quem goste das mais doces, ou das mais amargas, ou até as mais áci- das, o segredo é ir experi- mentando de mente aberta para apreciar uma bebida di- ferenciada”, explica ele. Para as pessoas que gos- tam de beber em casa, há- bito que vem se tornando cada vez mais comum entre os brasileiros pós-pandemia, o local conta com um siste- ma de delivery que consiste em garrafas que mantém o produto em perfeito estado para o consumo: “é o famo- so growler, que está ganhan- do seu espaço aqui na Baixa- da Santista. Temos de vidro, de cerâmica e também na garrafa PET, com um rótu- lo personalizado de acordo como que o cliente escolhe”, explica. HARMONIZAÇÃO. A Beer4U também já fez par- cerias com outros estabe- lecimentos no quesito har- monização. Muito popular por quem é ã de cerveja, a harmonização tem um es- paço especial na casa e An- dré é mestre no assunto. “Às vezes você descobre sabores que nem imaginava, como tomar uma cerveja de estilo belga, mais ácido, que cos- tuma harmonizar bem com chocolate branco, e o sabor que ica no paladar é como comer uma sobremesa”, ex- plica ele. EDIÇÃO LIMITADA. Muita gente costuma per- guntar sempre qual é a ra- inha da casa. De acordo com André, a que costuma sair mais é sempre a mais bara- ta, porque nem todo mun- do costuma pagar um valor muito alto. “Quem conhece bastante sobre cerveja arte- sanal paga até R$80 em um rótulo, mas quem está ini- ciando as degustações ge- ralmente não está disposto a gastarmuito”, contou André. A maioria dos rótulos, principalmente de cho- pe, são edições limitadas, e não costumam voltar para a casa. “Mas algumas cerve- jas engarrafadas são tipo vi- nho, maturam como tempo e vão trazendo aromas e sa- bores que icam melhores,” inaliza André. (Natália Cuqui) Cervejariaartesanal ganhaespaço Repórter da Terra Por Nilson Regalado - Colaborador editor@gazetasp.com.br A sanha do ministro Paulo Gue- des em impedir que empre- gadas domésticas viajem para Disney somada à necessidade de agradar os ruralistas do Centrão no Congresso Nacional, aliadas à avidez por turbinar exportações para gerar saldo positivo na balança comercial estão chegando a um limite perigoso. A passividade do Governo em intervir no câmbio para conter a alta de 40% no dólar em 2020 começa a inviabilizar a produção de leite, ovos, frangos e suínos por falta de soja e milho, cuja exportação bate recor- des sucessivos com o real desvalorizado. A indústria de óleos vegetais também teme o colapso devido à falta de matéria-prima, o que levou a um aumentou de 500% na importação de biodiesel. Ou seja, o País está vendendo barato, comprando caro, e, pior, exportando empregos... Segundo a estatal Embrapa, o custo de produção do frango aumentou 44% de janeiro a outubro. E estes números se referem apenas ao Paraná, um dos maiores produtores de grãos do País. Em Pernambuco, a Associação Avícola estima que quase 2 milhões de galinhas serão sacri icadas devido ao aumento de 100% no preço da ração em 12 meses. Essa situação impacta uma cadeia produtiva que acrescentou US$5 bilhões em receitas cambiais com a exportação de carne de frango em 2020. Ou seja, manter o dólar caro pode, literalmente, matar a galinha dos ovos de ouro. Porém, essa crise ainda não foi sentida POLÍTICA ECONÔMICA Dólar começa a inviabilizar produção de carne, ovos e indústria de óleos no País aí, na cidade, porque, para o consumidor paulistano, o frango resfriado aumentou apenas 0,72% no ano, segundo o Procon. No caso dos suínos, o custo de produ- ção já subiu 40,7% em 2020, segundo a Embrapa. A exportação recorde de 82 milhões de toneladas de soja em 2020 também preocupa a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais: as impor- tações de óleo de soja já cresceram 500% para cumprir a obrigação de misturar 12% de óleo vegetal no diesel. A NASA é comunista Agência Espacial Norte-Americana fez um alerta importante nesta semana: a América La- tina enfrenta a segunda maior estiagem desde 2002. Os satélites revelaram a seca em partes da Venezuela, do Paraguai, da Bolívia, do Brasil e da Argentina. O cálculo é baseado na extensão, duração e volume de água perdida durante o período seco do ano. A NASA cita que a seca no conti- nente é consequência de grandes áreas afetadas por incêndios intensos. O Rio Paraguai registrou seu nível mais baixo emmeio século... Aproveite! É chegado o tempo de fartura nos poma- res do Brasil: amora, graviola, jaca, necta- rina e sapoti estão em plena safra, trazen- do para a cidade aromas, cores e sabores típicos do campo. Até a uva niágara da região de Campinas está mais doce neste ano por conta do calor... Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar/Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar/Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar/E a morte, o destino, tudo/Amorte, o destino, tudo/Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei… * Geraldo Vandré e Théo de Barros, in ‘Disparada’ Filoso a do campo: Deeblue

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