28 de março de 2020

A2 diariodolitoral.com.br SÁBADO, 28 DE MARÇO DE 2020 (13) 3301-9777 editor@diariodolitoral.com.br publicidade@diariodolitoral.com.br twitter.com/diariodolitoral facebook.com/diariodolitoral instagram.com/diariodolitoral youtube.com/diariodolitoral 13. 99149-7354 JORNAL DIÁRIO DO LITORAL LTDA . Fundado em / / . Jornalista Responsável: Alexandre Bueno (MTB /SP . Agências de Notícias: Agência Brasil (AB), Agência Estado (EC), Folhapress (FP), Associated Press (AP), GB Edições (GB), Agência Senado (AS), Agência Câmara (AC) . Comercial e Redação: Avenida Senador Feijó, , cj - Vila Mathias - Santos - SP - CEP: . Fone: . . . Parque Grá co: Rua General Câmara, - Centro - Santos CEP: . - Fone: . . São Paulo: Rua Tuim, A - Moema, São Paulo - SP - CEP - Fone: . . Matérias assinadas e opiniões emitidas em artigos são de responsabilidade de seus autores. 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Alessandro Santos sobre: Sites e canais de ilme pornô registram aumen- to de visitantes nesta quarentena Irresponsável e demagogo... Elisabete Schulz sobre: Após videoconferência, governadores decidem manter medidas de isola- mento social E para o povo de bai- xa renda? Nenhuma proposta? Caio Martinez Pacheco so- bre: Prefeitos pedem ajuda a governador e presidente para que comerciantes não quebrem Coloca em pauta como ajudar verda- deiramente os comerciantes Marco Scanavacca sobre: Coronavírus: Prefeitos da Baixada Santista farão nova reunião nesta quinta-feira Tá querendo que o pessoal se “aproxime” de Deus, literalmente. Fernando Henrique sobre: Bolsonaro de ine igrejas como serviço essencial e que deve funcionar duran- te pandemia Suspender o IPTU que é bom nada né? Alexandre Colares sobre: Coronavírus: municípios da Baixada Santista anun- ciamnovas medidas POST IMPRESSO Para acessar a matéria no seu celular, basta que o seu Smartphone tenha uma câmera fotográfica e um leitor de QR Code instalado. Acesse a Play Store ou a Apple Store e baixe a ferramenta de forma gratuita. Depois, acesse o aplicativo e posicione o leitor sobre o código acima. Leia no site utilizando oQR Code Este espaço é destinado a você, leitor-internauta, para reclamar, comentar, sugerir, interagir... sobre seu bairro, sua cidade, nossas matérias, enfim, ele foi desenvol- vido com o objetivo de ser a voz da população. Só há um pedido: que atentem às palavras. As expres- sões ofensivas - que não sugerem melhorias à população - não poderão ser publicadas devido à nossa função pública. Comente em nossa página no Facebook. CHARGE A valia-se que 50% das mensagens em what- sApp contenham letras do alfabeto conju- gadas com emojis. Este verbete deriva da junção em japonês de e e moji. São ideo- gramas, smileys que traduzem ideias sem a necessidade de se escrever, como ocorre convencio- nalmente. Esse é o mundo atual. Aquele em que escrever à mão tenderá a se converter numa arte praticada por poucos. Onde foi parar a caligra ia? E os cadernos uti- lizados para a métrica dimensional das minúsculas, em cotejo com as maiúsculas? E pensar que o idioma português possui mais de 400 mil verbetes, uma riqueza cada vez menos explo- rada por quem se conforma com a onomatopeia, com o gestual, com expressões faciais que substituem a expressão verbal. Empobrecemo-nos? Tornamo-nos primitivos? Regredimos? É um tema a suscitar re lexão. A propósito, um cultor do vernáculo como foi Ruy Barbosa, deveria ser mais lembrado e mais lido por aqueles que padecem de indigência vocabular. Não conseguem sinônimos, exprimem-se numa sucessão medíocre de palavras nem sempre bem utilizadas. Não manejam o idioma com pro iciência e, por isso, quase nunca são bem su- cedidos em atividades que não prescindem de e iciente comunicação. Há um texto emblemático de Ruy. Em 1899, enquanto sustentava habeas corpus impetrado junto ao Supremo Tribunal Federal, impressio- nou-se com a proximidade do mercado sexual, em promíscua vizinhança com a sede da Suprema Corte. Avizinhava-se o século XX e o Rio era a capital federal, no primeiro decênio após o golpe republicano. Ele escreveu “Porneia” e, para referir-se às pro- issionais do sexo que faziam algazarra no mesmo passeio que servia ao Pretório Excelso, nenhuma vez sequer repetiu uma palavra para designar “as compar- sas desse espetáculo fescenino”. Utilizou-se de verbetes como zabaneiras, vênus va- gas, afrodites mercenárias, rascoas, traviatas, miche- las, marafonas, hetairas, madalenas, dalilas baratas, perdidas, barregãs, meretrizes, prostitutas, odaliscas, rameiras, messalinas, cortesãs, frineias de sarjeta. Ao comentar esse memorável artigo, Baptista Perei- ra completa o rol. Poderia ainda se servir de gansas, croias, biraias, trintasques, franjocas, chinas, fu ias, ambulaias, ganirras, malungas, fregonas, comborças, calonas, lumias, patragonas, cambondas, pécoras, ho- rizontais, bonejas, bagachas, farpellas, polhas, canto- neiras, tudo sem esgotar a exuberância vernacular do português. A leitura do dicionário não deixa de ser um exce- lente exercício para quem não tem imaginação e, ao ser solicitado a escrever algo de original, ica a me- ditar, entre ansioso e aborrecido, por não lhe surgir nada na mente. É que o vazio não é terreno fértil para o germinar de boas ideias. * José Renato Nalini, presidente da Academia Paulista de Letras ARTIGO José Nalini colaborador Exuberância vernacular B olsonaro se baseia emumfalsodilema ao propor o isolamentovertical, separandodo convívio apenas pessoas emgrupos de risco. E carrega consigouma parcela dos que consi- derama economiamais valiosa doque a vida. Não é. Nunca foi. Aeconomia depende da vida protegida e de pessoas saudáveis. Semisso, nãohá quemproduza e nempara quemproduzir. A inversãode prioridades é um elementoque escancara a essência deste governo, reacio- nário, afeito aoDarwinismo Social, indiferente aomaior problema que temos que enfrentar, a desigualdade. AEuropa tentouoque ele quer fazer aqui. Lá, onde sistemas de saúde sãomuitomelhores doque obrasilei- ro, não funcionou. Desesperados, os países que também caíramneste dilema, lançarammãode quarentenas e fortes programas de apoio econômico a empresas e tra- balhadores. Pior ainda é que Bolsonaro e seugovernonão têmnenhumestudoque indique que sua proposta tem embasamento. Nãoprecisa, a inal, porque ele desdenha da Ciência, logo, da vida das pessoas também. E se lánãodeu certo, você acredita que aqui daria, mesmo semnenhuma base cientí ica?Numpaís quenão temleitos disponíveis deUTI, emque faltaminsumos, equipamentos e pessoal, umagravamentode uma doença Pandêmica teria condições de ser enfrentada como faze- mos coma dengue e a gripe? Nãodaria. Quando temos surtos e epidemias deDen- gue por aqui, é o caos.Morremmilhares, invisivelmente, como se fossemosmilhares de vitimados pelo trânsitoou pela violência urbana. OBrasil acostumou-se a tragédias. Então, por que esta é diferente? Porque ela começou amatar onde as nossas “doen- ças” nãomatam. NaÁsia, na Europa, nos EstadosUnidos. Milhõesmorremde fomenos países subdesenvolvidos todos os anos. Podemorrer de Zika, Chikungunya,Malária, em decorrência deDiabetes, PressãoAlta, issonão importa, temcura. Não conseguemapenas os quenão têmacesso à saúde.Mas Covid-19 é diferente. Não se sabe oque impede este Coronavírus. Daí não se pode deixá-lo soltopor aí. Pra fome, basta redistribuir riqueza, garantir emprego, renda. Nemtodos podem. Então,morremtantos e tantos. Crianças, idosos, jovens, quemseja. OCoronavírus nãopodematar todos. Apenas idosos comcomorbidades, grupos de risco e de custo elevadoproEstado, fardos pra sociedade. Desta lógica Europeia é que sai a compreensãodoque é falsodilema, porquenãodá pra deixar umvírus fazer a limpanoPlane- ta, isso as guerras fazem, opetróleoqueimadopra produ- çãode energia faz, os agrotóxicos cancerígenos fazem. Odilema real é entendermos que vidas valemmuito, porque sãoomaior bemque temos, individual e cole- tivamente. E se podemos salvá-las pormais umtempo, temos que fazer omáximo esforço. Imagine todos agora combatendo as queimadas, exigindonovas formas de produzir energia, refugandovenenos que fazemmal à saúde; cobrandodo sistema policial-judicial que impeça tanta violência urbana eno trânsito, e das autoridades que mantenhamumsistema de saúdemais e iciente e e icaz. Tudo isso a gente pode aproveitar pra re letir a respeito, enquanto estamos emquarentena, porque depois dela, voltaremos à luta insana pela sobrevivência e pelo consu- modesenfreado, oque levará os que queremsalvar a eco- nomia a ummaior acúmulode riquezas, enquantohaverá mais pobresmorrendode fome, vitimas da violência e comendovenenonopratodo almoço. É a cadeia produti- va, e Bolsonaronão se importamuito como fator humano nela, desde que a roda gire e a roleta também. * Valter Ba- tista, pro- fessor e es- pecialista em gestão pública Gira a roleta…

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